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20 de novembro de 2023

É a segunda vez que preciso escrever. Aparentemente, ser resiliente se torna cada vez mais obrigatório em meus dias.


Entre mais lágrimas, tento encontrar a linha tênue entre dor, tristeza, culpa, raiva, pesar, saudade.


Meu cérebro flutua entre passado, presente e futuro. Lembranças povoam minha mente, imagens perdidas, recordações do que um dia foi, e já não é, e já não será mais.

Quero pedir desculpas, mas não posso. Não devo.


O outro texto ficou mais bonito, mas agora está apenas entre nós. Entre um coração dolorido, uma mente perturbada, olhos que choram, uma alma perdida, e você.

Obrigada é suficiente? Eu disse que te amava quando nos vimos, pouco mais de um mês atrás, não disse?


Que mesquinhez da minha juventude acreditar que tudo e todos são para sempre. Que tola sou de ser tão leonina por tanto tempo da minha vida.

Elis Regina sempre me lembrará de você, quando subimos a Light. Bolinho de chuva redondinho, só você fez para mim até hoje. Bolo de chocolate sem cobertura de brigadeiro. Manhãs regadas à Ana Maria Braga e TV Globinho.


Sinto sua presença ao meu lado tal qual sinto a Yol, a vó e o vô. Sinto seus olhos em mim, me passando amor, carinho e cuidado.


Do alto da minha hipocrisia. Desculpa. Do alto do meu pesar, da minha saudade, e de todos os mistos de sentimentos possíveis, te amo.



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