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Carta aberta à Disney (revolta!)

Atualizado: 26 de abr.

Vamos colocar as expectativas aqui antes de começar a destilar raiva:

  1. Não sou crítica de cinema/séries e não pretendo ser;

  2. Sou muito fã da Disney, mas não sei detalhes sórdidos da vida de Walt Disney e essas coisas.

Deixando isso muito claro, vamos lá.


Estava eu escutando Lá do Bunker, a parte geek e de cultura pop do Jovem Nerd, mais especificamente o episódio mais recente, número 143. Escutando-o despretenciosamente, as apresentadoras Priscila Ganiko e Camila Souza mencionam algo que me deixa transtornada: vai ter um filme sobre a juventude de Mufasa, do Rei Leão. Sim.


Eu não quis acreditar, então fui ao pai dos burros (vulgo Google) e sim, é verdade. Vi essa notícia e só a imagem já me deixou frustrada.



Disney (Divulgação)


Quem me conhece minimamente sabe que eu advoco a favor da Disney por qualquer coisa há anos, mas tem se tornado quase impossível defendê-los. Uma sequência ABSURDA de live actions, continuações de continuações que ninguém quer, e NADA de novo para entreter a cabeça da galera.


Na minha singela opinião, os live actions tinham que ter parado com a Bela e a Fera: foi legal, efeitos especiais bons, utilizaram o hype da Emma Watson. Pronto. Perfeito. Acaba aí. Mas não. Continuar com essas adaptações para a vida real de personagens humanos, até pudera, é de se levar, caso houvesse algo a mais a ser oferecido para o público além disso. Não vemos nada criado pela Disney de relevante há tempos.

Agora trazer o Rei Leão para live action em 2019 foi o fim para mim. Sendo esse meu filme favorito desde pequena junto con Toy Story (comentários a seguir), ver um documentário do Animal Planet e assistir aquilo era a mesma coisa. Foi horrível, penoso, e poderia ter passado sem, absolutamente.


Não bastasse essa onda infita de live actions, a Disney não PARA de fazer continuações de filmes que já se encerram há tempos. Por exemplo, temos a notícia da sequência de Toy Story, com Toy Story 5. Para quê? Todos sabemos que Toy Story tinha que ter acabado no filme 3: conclusão perfeita, ciclo encerrado, o fim que todos queríamos ver e ficamos felizes e emocionados. Ponto. Mas não.



Disney (divulgação)


Estaríamos enfrentando uma era de crises criativas?


Veja bem: eu não sou criativa, tenho uma péssima cabeça para criar ou desenvolver algo; MAS eu não sou um estúdio que fatura milhões por ano, que pode contratar pessoas do mundo inteiro para desenvolver histórias e desenvolvimentos novos em todas as áreas possíveis do universo criativo. Certo?


Fica muito difícil defender a Disney.


Vi um Tiktok esses dias (retornarei eventualmente com o link dele) que comenta sobre a dificuldade que a Disney terá no futuro porque não haverá uma leva de "Disney-adults". Por exemplo: cá estou em, uma adulta de 28 anos, revoltadíssima com um novo filme live-action do Mufasa. Cresci, assim como tantos outros, assistindo todas as obras clássicas, os filmes da Era de Ouro da Disney, o surgimento da Pixar, tudo de bom e do melhor. Séries engajantes e interessantes do Disney Channel como Lizzie McGuire e Hannah Montana, filmes equivalentes como Cheetah Girls e High School Musical. Esses vínculos da minha infância e adolescência perduram em minha vida adulta, o que me faz amar a Disney até hoje, ser fã da Miley Cyrus, ficar feliz e triste com essa palhaçada que as produções atuais estão fazendo.


AGORA: o que a geraçào que vem depois de nós está recebendo para manter essa linhagem? Além de Frozen, Moana e Encanto, que foram os mais impactantes em meu ponto de vista, o que eles tem para se apegar? Continuidades das continuidades? Live actions sem pé nem cabeça?


Sejamos honestos: quem parou algum segundo para rever qualquer um desses live-actions?


Daqui alguns anos, vai ser bem difícil manter o engajamento e o interesse do público caso essa crise criativa (ou seja lá o que for) se mantenha. Não me levem a mal: eu sou hipócrita e continuarei dando dinheiro à Disney, mas pelo menos terei mais argumentos para continuar criticando essa palhaçada que somos obrigados a passar.


Sim, estou revoltada. Tomei café, são 9hs da manhã de uma quinta feira em pleno abril, me recuperando de uma gripe, e sou OBRIGADA a lidar com esse tipo de coisa.

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